Latest News

Pistolando #026 – O agro é tox

Tempo de leitura: 3 minutos

 

De todos os horrores e sandices que o governo Bozo já aprovou, o oba-oba dos agrotóxicos talvez seja o mais pernicioso, pois invisível a curto prazo. Como é um assunto que, apesar de passar sem ser muito observado, atinge a vida de TODOS nós, direta ou indiretamente, conversamos com Rogerio Pereira Dias, da Associação Brasileira de Agroecologia, um cara que sabe tudo de agrotóxico, pra entender os riscos reais e aprender que tipos de cultivos menos agressivos são possíveis.

 

Read More

Pistolando #025 – O horror, o horror

Tempo de leitura: 2 minutos

  É verdade que frequentemente a ficção é fichinha perto dos horrores da vida real, mas também é fato que o gênero terror/horror já está intimamente infiltrado no nosso imaginário popular (olá, Vampiro Neoliberalista da Tuiuti). Nesse episódio falamos um pouco sobre filmes e literatura de terror com Angelica Hellish, do Masmorra Cine, e o Pensador Louco, do Teatro Escuro do Pensador Louco. Depois conversamos rapidamente sobre o livro Minha Coisa Favorita é Monstros, de Emil Ferris, que recebemos pela parceria com a Companhia das Letras.  

Read More

a base do trabalho de base

Tempo de leitura: 4 minutos 

Houve (não paguem o mico que os dois jumentos, o Conje e o Weintraub, pagaram recentemente falando “houveram”, “haviam” etc. Em tempo: não são jumentos porque não sabem usar o verbo haver corretamente, e sim porque, sendo um, TEORICAMENTE, um juiz, que TEORICAMENTE passou numa prova dificílima, e o outro um ministro da educação, esse tipo de erro é imperdoável, e também porque já deram N provas da sua jumentice) duas coisas no meu dia ontem que me deixaram pensativa, estilo Dimitra Vulcana.

Lá pra hora do almoço, depois da academia, passei na lojinha onde compro minhas sementinhas pra pseudopanqueca do café da manhã. Tava chovendo – vem chovendo todos os dias desde segunda – e o dono, que já meio que conheço porque passo lá mais ou menos uma vez por semana, tava sentado vendo televisão atrás do balcão. Perguntei se a chuva tava atrapalhando o movimento; ele respondeu que sim, mas que também tinha receio de rolar alguma confusão mais tarde, por causa da manifestação #30MpelaEducação. Falei que ia, lógico; jamais perco a chance de engrenar numa conversa desse tipo. Deu-se o seguinte diálogo:

Cara: Pois é, minha filha também vai… Ela estuda Letras na UFPR mas eu tô achando ela muito radical.

Eu (usando minha técnica de fazer uma pergunta em vez de dar uma resposta pronta): Defina “radical”.

Cara: Por exemplo, ela foi a uma manifestação um dia e voltou com um olho roxo. Disse que caiu da bicicleta, mas eu acho que apanhou da polícia.

Eu: Mas se ela apanhou da polícia, me parece que radical foi a polícia que bateu numa FUCKING ESTUDANTE, não?

Cara: …

Eu: Imagino que ela deva estar preocupada com o futuro dela na faculdade, né.

Cara: Sim, ela tinha conseguido uma bolsa de pesquisa, mas foi cortada.

Eu: Pois é, temos o único governo do sistema solar que quer resolver os problemas da educação CORTANDO FUNDOS PRA EDUCAÇÃO.

Cara: …

 

Saí de lá tentando entender o limite da falta de compreensão de mundo de quem pensa dessa forma. Como é possível alguém chamar de radical a própria filha que APANHOU da polícia por estar protestando pelos direitos QUE ELA TEM SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL? Como é possível chegar nesse ponto extremo de incompreensão, de falta de lógica, de ausência de bom senso?

Mais tarde, ouvindo o Fora de Prumo sobre o ataque às universidades, me peguei concordando com a participante (só reconheço a voz do Gabriel ainda, sorry, zente) quando ela diz que não é só uma questão de simplificar o discurso. Frequentemente nos encontramos na situação de explicar conceitos básicos pra gente que nunca estudou direito, que tem dificuldade de interpretação não só de texto, mas também de fala, que não entende o conceito de longo prazo, de efeito cascata, de consequências indiretas. Fiquei pensando nisso o dia inteiro ontem. Lembrei de um livro que li quando fiz a matéria de sociologia na faculdade de Comunicação Internacional na Itália (não terminei o curso, mas fiz várias matérias bem maneiras), chamado Orality and Literacy, de Walter J. Ong. Lembro que quando fui fazer a prova (oral, porque lá é tudo assim) contei uma história do meu sogro, que estudou pouquíssimo e tem muita dificuldade em entender conceitos um pouquinho mais abstratos (e é disso que fala o livro). O professor, que era da minha idade, riu e disse que tinha tido uma conversa semelhante recentemente, quando foi papear com um cara que criava porcos. O prof perguntou quanto vivia um porco, e o fazendeiro respondeu, sei lá, 6 meses – a idade em que o porco está pronto pro abate. Jamais passou pela cabeça dele que se não for abatido, o porco pode viver muito mais que isso, porque pra ele porco serve somente pra comer, não existe porco além disso.

Segundo o livro, que recomendo vivamente, uma característica da vida sem a escrita (que obviamente depende da leitura) ocupando um papel importante é a dificuldade de entender conceitos abstratos.

Planejamento requer pensamento abstrato.

Compreender o conceito de longo prazo requer pensamento abstrato.

Entender consequências, diretas e indiretas, requer pensamento abstrato.

Quem está preocupado, justamente, em botar comida na mesa HOJE, AGORA, não tem nem matéria-prima e nem motivação pra pensar a longo prazo. A instabilidade da vida nos torna excessivamente pragmáticos – e estou dizendo isso enquanto pessoa excessivamente pragmática, embora de um outro jeito, digamos assim. Quando você nunca sabe o que vai acontecer amanhã – vão congelar a sua poupança? Vão aumentar em 10 anos o tempo que você vai levar pra se aposentar? Vão cortar o SUS? Vão cortar a merenda da escola do seu filho? – não faz o menor sentido se preocupar com o amanhã. Quando o amanhã chegar, a gente encara.

Essa volta toda pra chegar no que o pessoal do Fora de Prumo comentou. O problema não é só uma questão de simplificar a linguagem. Usar de uma linguagem simples pra explicar um conceito básico que a pessoa simplesmente não é capaz de compreender porque lhe falta motivação, matéria-prima, uma fundação de conhecimento, não vai ajudar a fazer o conceito entrar na cabeça do interlocutor. Simplesmente não vai.

O resultado a gente viu nessas últimas eleições.

Tenho respostas? Sorry, não tenho. Mas essas são questões que já vinham flutuando, amorfas, na minha cabeça há um tempo. Ontem os acontecimentos do dia me fizeram organizar um pouco mais essas ideias e quis compartilhar aqui. O que a esquerda chama de trabalho de base na verdade é algo de BEM mais complexo e difícil, a meu ver. Eu não sei nem por onde começar.

O que vocês acham?

Pistolando #024 – Pistolagem grupal

Tempo de leitura: 2 minutos

O que acontece quando a tecnologia resolve te trollar e você perde um episódio gravado? Chama uzamigo pra um episódio pistolante de emergência, é claro! Afinal de contas, material pra todo mundo ficar desesperado junto e shallow now é que não falta na atual conjuntura política tupiniquim. Ouve a gente aqui conversando com o Cristiano Barba, do Teologia de Boteco e do Benzina no Meião, entre outros, e o Danilo Carreiro/Dimitra Vulcana, do HQ da Vida e do canal de YouTube Doutora Drag, também entre outros.  

Read More

Pistolando #023 – Reforma da Previdência

Tempo de leitura: 3 minutos

Pois é, vamos tentar entender esse assunto cabeludo. Precisa mesmo de reforma? A quantas andam as contas do INSS? As propostas que andam rolando por aí resolvem alguma coisa ou têm como único objetivo ferrar com o povão, como sempre? Como outros países estão lidando com o problema da população mais velha? Que soluções são possíveis pra esse problema? Conversamos com Charles Alcântara, presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco).

 

Read More

Pistolando #022 – Crime organizado à moda italiana

Tempo de leitura: 2 minutos

No nosso primeiro episódio da nossa parceria com a Companhia das Letras, que nos enviou o livro Os Meninos de Nápoles, de Roberto Saviano, puxamos o fio do romance pra falar sobre crime organizado à moda italiana e suas ramificações e influências no Brasil. Conversamos com Leandro Demori, do jornal The Intercept Brasil, autor de Cosa Nostra no Brasil.

Read More

Pistolando #021 – Direito à cidade

Tempo de leitura: 3 minutos

 

Ué, mas se eu moro na cidade, não tenho automaticamente direito a ela? Não é tão simples. Estamos falando de um conceito de Lefebvre de 1968 que diz: “O direito à cidade é muito mais que a liberdade individual para acessar os recursos urbanos: é o direito de mudar a si mesmos por mudar a cidade. É, sobretudo, um direito coletivo, ao invés de individual, pois esta transformação inevitavelmente depende do exercício de um poder coletivo para dar nova forma ao processo de urbanização. O direito a fazer e refazer nossas cidades e nós mesmos é, como quero argumentar, um dos mais preciosos, e ainda assim mais negligenciados, de nossos direitos humanos.” Entendeu? Não? Então ouve aqui a Alyssa Volpini, graduanda em arquitetura e urbanismo, e Werther Krohling, dos podcasts Beco da Bike e SciCast.

Read More

em boa companhia

Tempo de leitura: 2 minutos 

Ao que parece, 2019 vai ser o ano do podc… Não, péra.

Pra gente esse tá sendo o ano da leitura. Estamos tentando participar o máximo que podemos do desafio de leitura de autoras mulheres que as meninas do As Desqualificadas estão fazendo, e eu pessoalmente venho fazendo resenhas dos livros que estou lendo, que façam ou não parte do desafio, como maneira de me estimular a ler mais. Netflix e redes sociais sugam a gente; quando a gente olha já passamos uma semana inteira sem ler nada.

Not today, Satan! Esse ano estamos atacados, duas máquinas de ler devorando um monte de gêneros diferentes. Por isso veio muito a calhar a parceria que fizemos com a Companhia das Letras.

(Por falar em Companhia das Letras, ouçam o podcast deles, que a gente já ouvia muito antes dessa parceria rolar. As entrevistas são sempre muito boas.)

Eles tavam atrás de produtores de conteúdo pra falar dos livros deles; tivemos sorte de entrar no grupo dos parceiros pra esse projeto e todo mês recebemos um e-mail com um catálogo do qual podemos escolher um livro, sobre o qual depois falamos no podcast. O livro de fevereiro eu escolhi junto com o Thiago e o episódio que fala dele, ou melhor, que vai partir do livro pra expandir o assunto central da história, vai ser gravado antes do final do mês, com convidados que cês não vão acreditar, cês não tão entendendo. O livro de março está sendo votado na Pistolândia, o grupo dos nossos catárticos no Telegram, enquanto digito esse post.

(Falando em catárticos, estamos muito precisados de mais apoio, principalmente depois do assalto desse fim de semana. Thiago precisa de um celular novo e de uma escrivaninha pra poder editar de casa, em vez de ficar no trabalho até onze da noite pra aproveitar os móveis ergonômicos da empresa.)

O legal é que os títulos disponíveis são sempre muito variados e temos que nos virar pra encaixá-los no nosso formato, no nosso estilo. É um ótimo exercício de criatividade e um desafio pra gente (leia-se “sarna pra se coçar”, mas a gente gosta). É também a oportunidade de fazer algo diferente, pois se por um lado ideias pra pauta não nos faltam, por outro é bom ter um ponto inicial concreto a partir do qual podemos ir pra várias direções diferentes na hora do debate, já que o tema central do livro pode ser explorado de ângulos variados que muitas vezes não teríamos levado em consideração se não fosse o livro.

Nem gravamos o primeiro ainda e já estamos mega animados 😀

Então fica aí a mensagem: leiam mais, ajudem a gente no Catarse, divulguem pros amigos, sigam a gente no Twitter e no Instagram e fiquem de olho no feed, porque vem coisa aí que cês não tão esperando não 😉

Pistolando #020 – ‘O Sexo Feminino’: Feminismo no século XIX #OPodcastÉDelas2019

Tempo de leitura: 2 minutos

Esse é mais um daqueles episódios que a gente ama, pois trata de um assunto que a gente tem certeza que você desconhece completamente. Mete o play e ouve essa história ótima sobre uma mulher interessantíssima, contada por uma mulher interessantíssima, Liliam de Oliveira.

Read More

Pistolando #019 – Acessibilidade e capacitismo

Tempo de leitura: 3 minutos

 

Você provavelmente acha que sabe o que significa acessibilidade, mas também provavelmente nunca parou pra pensar em todas as nuances que o termo engloba. Você provavelmente também não sabe o que é capacitismo, por que ele é um porre e como evitar ser um babaca capacitista. Foi por isso que gravamos esse programa com a Marina e o Sid, PcDs (Pessoas com Deficiência) com necessidades e exigências diferentes em termos físicos, mas que pra ambos se traduzem na máxima budista “não seja um cuzão”. Bora lá aprender com eles a sermos pessoas menos piores.

 

Read More