Nossa nacionalidade faz parte da nossa identidade. Mas e quando não temos uma pátria? Quais são as consequências legais, culturais, pessoais, de uma situação tão pouco usual? Conversamos com Ana Luisa Demoraes Campos (sim, ela mesma) e com Maha Mamo, que juntamente com sua irmã Souad foram as duas primeiras pessoas na história reconhecidas como apátridas pelo governo brasileiro.
Convidadas: Ana Luisa Demoraes Campos e Maha Mamo
Edição: Thiago Corrêa
Capa: Leticia Dáquer
Data da gravação: 29/07/2018 e 13/08/2018
Data da publicação: 29/08/2018
Músicas:
- Manu Chao – Clandestino
- Bideew Bou Bess – I Belong
- Titãs – Lugar Nenhum
- U2 – Stateless
Links relacionados ao episódio
‘They are breaking him’: the stateless refugee Australia may never release (The Guardian, 03/07/2018)
Informações da ACNUR sobre apátridas e apatridia (em inglês)
Definição de apatridia segundo a UNHCR
Caso da Maha Mamo segundo a ACNUR
Site da Maha contando a história dela
Pelo direito de existir (Valor Econômico, 19/01/2018)
O que é o passaporte amarelo (site da Polícia Federal)
Site dos Brasileirinhos Apátridas
Podcast Radiolab, episódio “The Girl Who Doesn’t Exist“, sobre a americana sem documento algum
A Balada do Pistoleiro
Ana Luisa Demoraes Campos
Maha Mamo
Visitar as Cataratas do Iguaçu
Visitar a ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro
Leticia Dáquer
Livro: First Grave on the Right (Darynda Jones)
Ziploc é vida
Thiago Corrêa
Filme: O Terminal
Jabás
Ana Luisa Demoraes Campos
Twitter: @onululu
Maha Mamo
Twitter: @MahaMamo
Leticia Dáquer
Twitter: @pacamanca
Blog: www.pacamanca.com
Thiago Corrêa
Twitter: @thiago_czz
O Bom, o Mau e o Feio
O Bom:
Leticia:
- França começará a multar assédio sexual na rua (El País, 02/08/2018)
Thiago:
- Com acelerador de partículas, brasileiros observam neurônios em 3D (Folha, 13/08/2018)
O Mau:
Leticia:
- Roland Garros acusado de misoginia por proibir fato utilizado por Serena Williams após o parto (Observador, 25/08/2018)
Thiago
- O monstro da xenofobia volta a rondar a porta de entrada dos venezuelanos no Brasil (El País, 27/08/2018)
O Feio:
Leticia:
- A deliciosa culinária que chega ao Brasil fugindo da guerra, repressão e fome (El País, 20/07/2018)
Thiago:
- Uh oh, electronic voting machines are not difficult to hack into (Komando.com, 16/08/2018)
- Estudo aponta que zika veio do Haiti (Estadão, 13/08/2018)
#MULHERESPODCASTERSMulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil.
O Pistolando apoia essa iniciativa.
Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.
Links do Pistolando
Twitter: @PistolandoPod
Até aqui, foi o melhor episódio de vocês. Adorei ouvir a trajetoria da Maha (e me junto a vocês no pedido para que a Boitempo publique as histórias dos apátridas) e espero que dê tudo certo na prova dela. Quando ela citou os refugiados sírios, lembrei da segunda temporada do Projeto Humanos, onde a questão dos refugiados foi falada.
A explicação da Ana Luisa Demoraes sobre apátridas e passaportes foi fantástica, confesso ter pouco conhecimento sobre o assunto e ela foi incrível na explicação.
Sinceramente, eu queria agradecer por esse episódio, foi bem esclarecedor e me ensinou bastante. Adorei e fico no aguardo do próximo.
Oba, que bom :)))))
Vamos por partes: que puta tema vocês pegaram. Realmente nunca tinha nem lido sobre o assunto, que é um erro terrível, não fazia ideia de quanta gente não tem um documento de identidade e, pior ainda, quanta gente não pode se reconhecer diante ao estado. A Maha tem uma história de se emocionar e querer anarquismo mundial pra ontem, todas as dificuldades que ela passou por uma coisa que parece tão banal como um documento de identidade é de uma tristeza e covardia sem tamanho. Impedir alguém de estudar é triste demais, não poder fazer nada também é.
Acho completamente injusto esse sistema de só ser de um país se seus pais também forem, quando é só o pai é pior ainda. Se tu nasceu ali, tu és dali e ponto, e essa deveria ser a regra no mundo todo. Não consigo mensurar o quanto foi difícil para a Maha enviar todos esses emails, pedidos de ajuda, contar a história dela tantas vezes, para receber sempre um “não podemos fazer nada”. Senti um orgulho do Brasil nesse episódio. Recebê-la, mudar as leis e regulamentar a vida dela e de outras pessoas aqui é muito importante, e é muito bom ver o Brasil ser o primeiro a ter essa lei.
A participação da Ana Luísa foi maravilhosa, parabéns pela escolha dela para fazer parte desse episódio.
Sobre o final: vocês são ótimos e tornaram um assunto tão pesado, gostoso de ouvir. Parabéns de novo. E pela edição também, adorei a escolha de falar com elas separadamente e editar dessa forma.
Enfim, fiquei muito impactada com esse episódio, obrigada por me fazer pensar no assunto. Também fiquei muito feliz pelas coisas estarem mudando, mesmo que devagar. Divulguem caso a Maha venha pra UFSC, preciso ir vê-la.