Latest News

Pistolando #050 – BMF edition: Tartarugo basco sob influência de drogas lícitas usa espéculo de cobalto comprado na Amazon pra dar tetinhas a trator antigo

Tempo de leitura: < 1 minuto

 

O Bom, o Mau e o Feio 

Ficha técnica

Hosts: Thiago Corrêa e Leticia Dáquer

Edição: Thiago Corrêa

Capa: Leticia Dáquer

Data da gravação: 14/01/2020

Data da publicação: 15/01/2020

 

O Bom:

Leticia:

Thiago: 

 

O Mau:

Leticia:

Thiago:

 

O Feio:

Leticia: 

Thiago: 

 

Parceria com Veste Esquerda: use o código de desconto PISTOLA10 pra ter 10% de desconto na sua compra de camisetas maneiríssimas esquerdopatas

 

#MULHERESPODCASTERS

Mulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil.

O Pistolando apoia essa iniciativa. 

Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.

 

Links do Pistolando

www.pistolando.com

contato@pistolando.com

Twitter: @PistolandoPod

Instagram: @PistolandoPod

APOIE O PISTOLANDO

 

 

Pistolando – BÔNUS – Brexit: vire à esquerda, com Chris Bickerton (Cambridge University) ENGLISH VERSION

Tempo de leitura: < 1 minuto

 

Para acessar a transcrição traduzida em português clique aqui

 

Para acessar a transcrição original em inglês clique aqui

Ficha técnica

 

Host: Leticia Dáquer

 

Convidado: Chris Bickerton

 

Edição: Thiago Corrêa

 

Capa: Leticia Dáquer 

 

Data da gravação: 06/01/2020

 

Data da publicação: 10/01/2020

Links relacionados ao episódio

Why the Left Should Embrace Brexit (Jacobin, 29/04/2019)

 

Brexit and the left (Social Europe, 23/07/2019)

 

Não é só a direita: por que parte da esquerda britânica apoia o Brexit? (BBC Brasil, 29/03/2017)

 

Brexit de esquerda, um caminho bastante estreito (Le Monde Diplomatique Brasil, 31/01/2019)

 

Poll of Labour members suggests Keir Starmer is first choice (The Guardian, 01/01/2020)

 

Britain’s Communist Party blames Labour’s “Stop Brexit” stance for election defeat (People’s World, 18/12/2019)

 

George Galloway on Brexit and UK’s political future (YouTube, 29/12/2019)

 

Parceria com Veste Esquerda: use o código de desconto PISTOLA10 pra ter 10% de desconto na sua compra de camisetas maneiríssimas esquerdopatas

#MULHERESPODCASTERS

Mulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil.

 

O Pistolando apoia essa iniciativa. 

 

Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.

 

Links do Pistolando

 

www.pistolando.com

 

contato@pistolando.com

 

Twitter: @PistolandoPod

 

Instagram: @PistolandoPod

 

APOIE O PISTOLANDO

 

Pistolando #049 – BÔNUS – Brexit com Chris Bickerton (Cambridge University) DUBLADO

Tempo de leitura: < 1 minuto

Para acessar a transcrição traduzida em português clique aqui

 

Para acessar a transcrição original em inglês clique aqui

Ficha técnica

 

Host: Leticia Dáquer

 

Convidado: Chris Bickerton

 

Edição: Thiago Corrêa

 

Capa: Leticia Dáquer 

 

Data da gravação: 06/01/2020

 

Data da publicação: 10/01/2020

Links relacionados ao episódio

Why the Left Should Embrace Brexit (Jacobin, 29/04/2019)

 

Brexit and the left (Social Europe, 23/07/2019)

 

Não é só a direita: por que parte da esquerda britânica apoia o Brexit? (BBC Brasil, 29/03/2017)

 

Brexit de esquerda, um caminho bastante estreito (Le Monde Diplomatique Brasil, 31/01/2019)

 

Poll of Labour members suggests Keir Starmer is first choice (The Guardian, 01/01/2020)

 

Britain’s Communist Party blames Labour’s “Stop Brexit” stance for election defeat (People’s World, 18/12/2019)

 

George Galloway on Brexit and UK’s political future (YouTube, 29/12/2019)

 

Parceria com Veste Esquerda: use o código de desconto PISTOLA10 pra ter 10% de desconto na sua compra de camisetas maneiríssimas esquerdopatas

#MULHERESPODCASTERS

Mulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil.

 

O Pistolando apoia essa iniciativa. 

 

Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.

 

Links do Pistolando

 

www.pistolando.com

 

contato@pistolando.com

 

Twitter: @PistolandoPod

 

Instagram: @PistolandoPod

 

APOIE O PISTOLANDO

 

Leia na íntegra a transcrição do nosso episódio sobre Brexit com Chris Bickerton, da Universidade de Cambridge (EM PORTUGUÊS)

Tempo de leitura: 11 minutos

Para acessar a transcrição original em inglês clique aqui

 

Leticia Dáquer: OK. Então, olá, prazer em te conhecer, posso te chamar de Chris? 

 

Chris Bickerton: Sim, Chris tá bom.

 

Leticia: OK. Normalmente a gente começa pedindo aos nossos convidados que se apresentem aos nossos ouvintes, então se você puder dizer quem você é, onde você tá e por que nós te convidamos…

 

Chris: Bom, meu nome é Chris Bickerton, estou baseado na Universidade de Cambridge, eu ensino e trabalho e pesquiso principalmente política europeia contemporânea… E venho seguindo, acho que assim como todo mundo que tem interesse na política britânica, o processo do Brexit, ao longo dos últimos 3 anos, e eu tenho mais interesse na resposta da esquerda à integração europeia e na posição da esquerda britânica sobre o Brexit.

 

Leticia: Olha, então você é exatamente o que a gente precisava hoje.

 

Chris: Que bom.

 

Leticia: Graças a deus, graças aos céus pela Marta! Ok, então, queríamos saber, e isso vai ser curto porque ainda temos que transcrever e traduzir isso, como eu te disse, então… Depois de ver um vídeo, uma entrevista com o Galloway, e ele tava mencionando a necessidade de… de se deslocar mais pra esquerda ainda, porque o que consideramos esquerda hoje não tá funcionando. Tá muito afastada dos trabalhadores, do povo, não se comunica, não… Não consegue se colocar no lugar, ela se tornou… Ele fala de uma esquerda burguesa, que não consegue se colocar no lugar das pessoas e entender pelo que elas estão passando. Então, segundo ele, nós precisamos ir mais pra esquerda ainda. Você acha isso também? Você concorda com ele?

 

Chris:  Ah, eu acho que provavelmente é um pouco mais complicado, eu acho que… O Labour Party fez duas coisas nos últimos anos, e essas coisas estão indo em direções opostas. Então sociologicamente o partido definitivamente vem sendo dominado por eleitores bem jovens, que vivem em centros urbanos, sabe, em cidades grandes, principalmente em Londres, e em algumas das cidades universitárias do sul… Acho que um tipo de grupo de classe média, intelectual, bem jovem de eleitores, mas especialmente de membros. Mas ideologicamente o partido foi muito pra esquerda, desde que o Corbyn se tornou o líder o LP deixou pra trás muito do que nós chamávamos de New Labour, e ficou muito mais comprometido com o socialismo, pelo menos na língua dos líderes do partido, e o manifesto que eles apresentaram nas últimas… nas eleições do mês passado foi um manifesto de esquerda bem radical, empenhado com a transformação socialista. Então eu acho que o problema com o LP não é ter se tornado um partido burguês como o Galloway diz, o problema é, se você quiser ser mais específico, é que você tem esse movimento contraditório entre esse salto ideológico pra esquerda e o movimento sociológico na direção do centro.

 

Leticia: Hmmm OK. Por que você acha que isso… que a esquerda foi dominada por esse grupo de intelectuais e tal, o que aconteceu? Por que ela não tá dominada por trabalhadores e por sindicatos do jeito que deveria, talvez, de acordo com o que a gente imagina? Quando a gente pensa na esquerda, pensamos em trabalhadores, né, e o que aconteceu? Por que agora é essa espécie de elite intelectual que tá controlando as coisas?

 

Chris: Sim, eu acho que é interessante que provavelmente tem vários motivos diferentes. O LP no Reino Unido não abandonou as suas relações formais com os sindicatos. Os sindicatos, especialmente alguns como o Unite, têm um papel muito importante na gestão do partido, e ainda existe uma dependência econômica do partido com relação aos sindicatos e às contribuições que eles fazem. Então eu acho que o que eu disse sobre a sua transformação sociológica deve ser combinado com o fato de que, sabe, as origens deles como um partido formado por sindicalistas, por trabalhadores, auto-organizados e auto-representados, elas ainda sobrevivem nessas relações que o partido   tem com os sindicatos. Mas, como nós sabemos, e certamente no caso do Reino Unido, o papel que os sindicatos têm na estruturação da vida social é muito diferente do que já foi um dia, e o efeito do governo conservador nos anos 80 sobre os sindicatos foi muito intenso, então eu acho que os sindicatos existem como uma espécie de grupo de interesse bem organizado, mas não têm o mesmo tipo de autoridade sobre a sociedade como um todo, algo que acontecia com as classes trabalhadores britânicas. Então você tem esse, esse papel dos sindicatos. De resto, eu acho que provavelmente é uma mistura de coisas, sendo que algumas têm a ver com o fato de que quando o LP se transformou nesse partido de centro, nesse Blairismo dos anos 90 representando uma terceira via, o Blair tocava o partido e ele frequentemente brigava com o partido. Os ativistas frequentemente estavam mais à esquerda ideologicamente do que a liderança do partido. Então o que o Blair tentou fazer foi cortar, por assim dizer, a parte mais ativista dos membros do LP, e tornou mais fácil se filiar ao partido, era possível entrar pro LP e não fazer praticamente nada, como quando a gente faz com a Anistia Internacional, você paga a sua contribuição mensal e pronto. Era muito diferente antigamente, quando pra ser membro de um partido você participava de reuniões toda semana e fazia parte da organização do partido em nível local, de comitês e coisas assim. Então ele transformou o partido dessa forma, como uma maneira de se livrar do LP e de falar muito mais diretamente com os eleitores. O que vem acontecendo desde o Corbyn é que muitas pessoas se filiaram ao partido e a eleição do líder foi aberta pra todos os membros, em vez de somente pros membros dos Partidos Parlamentares, só os MPs, e a natureza dessa filiação é, eu acho, muito diferente. É muito mais tipo… ativistas e muito mais envolvidos. Então eu acho que tem um tipo de geração de pessoas que não representam necessariamente a sociedade como um todo, a sociedade é muito mais diversa e muito… Mas mesmo assim é um grupo organizado, quer dizer… Grupos como o Momentum, uma espécie de organização nacional dentro do LP, uma geração de, sabe, ativistas que conseguiram realmente tomar conta do LP e através da liderança conseguiram criar esse partido muito mais radical. Mas a identidade social desses ativistas é a que eu descrevi pra você. É gente millennial, muito baseada em Londres, com muita educação formal, com muito interesse em ideias, e… em conectar ideias e políticas, e eles não têm nenhuma relação direta, até onde eu sei, com outros elementos e estruturas da sociedade britânica. E o erro do LP, eu acho, foi que ao longo do tempo ele se tornou uma espécie de bolha, sociologicamente e ideologicamente. E quando você testa essa bolha lá fora, nas eleições gerais, você percebe que era só uma bolha mesmo.

 

Leticia: Sim. Isso é exatamente o que a gente viu no primeiro plebiscito, né? Que Londres teve um resultado completamente diferente sobre o Brexit quando comparada com o resto do país. E aconteceu de novo, né? No segundo plebiscito (eleições gerais). Ninguém aprendeu nada? Por que nada mudou entre os dois eventos, o que aconteceu? Porque as pessoas talvez esperassem um resultado diferente, já que a gente meio que entendeu o que tinha acontecido da primeira vez, e agora aconteceu novamente. É algo do tipo “ah é, quer sair, então sai pra ver o que é bom pra tosse”, ou algo mais deu errado ainda mais do que antes? O que você acha que aconteceu?

 

Chris: Quando você fala do primeiro e do segundo plebiscito, o que você quer dizer exatamente?

 

Leticia: Porque no primeiro plebiscito o resultado foi um choque, ninguém tava esperando…

 

Chris: Em 2016?

 

Leticia: Sim! Porque houve uma diferença muito grande entre Londres e o resto do país, e ninguém tava esperando aquilo, porque não parecia… não parecia lógico que alguém pensasse sobre isso e chegasse à conclusão de que realmente seria ótimo sair da UE, né? E aí aconteceu de novo, e agora temos o Boris Johnson e temos todas essas coisas que ninguém entende de onde vieram. Então eu… Pelo que eu ouvi aqui na Itália, e no Brasil também, algumas pessoas tavam comentando assim, tipo, “o que houve???”, porque a gente achava que tinha entendido o que tinha acontecido na primeira vez então talvez algo tivesse que ter sido feito pra mudar as coisas e ter um resultado diferente nas eleições. Mas aí, Boris Johnson! O que houve? 

 

Chris: Eu acho… Acho que é uma lição a ser aprendida sobre ter um pouco de… cuidado sobre a maneira que a gente usa pra se informar, onde a gente se informa… Porque é possível, como eu disse, que as pessoas estejam funcionando mesmo em uma espécie de bolha. Acho que isso tem a ver talvez com uma… uma interpretação errada do voto do Brexit original. Em 2016, quando as pessoas votaram pra sair da UE, a reação de muita gente favorável a permanecer foi “ah, as pessoas foram enganadas por esses slogans mentirosos”, “as pessoas não sabiam direito sobre o que estavam votando”, “elas estavam erradas”, e aí depois de 3 anos ficaria mais evidente que, sabe, tudo isso tinha sido um erro e as pessoas iam notar e votar de outra forma. E eu acho que a gente sabe desde o começo que essa é uma leitura muito perigosa a ser feita sobre os motivos pelos quais as pessoas votam. Acho que as pessoas votaram em grande parte porque realmente queriam sair da UE, e não foi porque eles entenderam errado, essa era mesmo a visão deles sobre a UE. Aí você chega em 2019, no final de 2019, e muita gente que tinha passado por anos desses debates parlamentares e negociações e um monte de votações que foram rejeitadas… E o que elas viram foi essa incapacidade do Parlamento de simplesmente seguir o resultado do plebiscito, e aí um partido disse, olha, a gente vai fazer o Brexit e ponto final, era esse o slogan deles. E se o que te interessa é sair da UE, então você vai votar no partido que vai tirar você da UE. E se a nossa análise é a de que as pessoas estavam erradas quando votaram antes e que agora certamente vão perceber que cometeram um erro, então a gente nunca vai entender a dinâmica da coisa. E certamente durante boa parte da campanha… Foi só no finzinho, eu acho, que os ativistas e alguns líderes do LP perceberam que eles tinham subestimado a vontade de muitos eleitores no norte da Inglaterra, que tinham votado pelo Brexit, de votar no Partido Conservador pra conseguir o Brexit. E de abandonar o LP, no qual eles vinham votando há muitos, muitos anos. Foi só no finzinho que eles começaram a perceber que talvez esses eleitores não iam votar neles. E não votaram mesmo. E o LP perdeu de lavada. Então eu acho que parte do problema é o fato de que eles subestimaram a disposição das pessoas em votar em qualquer partido que simplesmente prometia dar o que eles queriam, que era tirar o Reino Unido da UE.

 

Leticia: Você acha que os sindicatos vão se fortalecer depois disso, como uma reação a essa perda de conexão com os trabalhadores (que levou à vitória dos conservadores)?

 

Chris: Os sindicatos de categoria?

 

Leticia: Isso.

 

Chris: Não sei, eu acho que… Quer dizer, de certa forma eu acho que a resposta dos sindicatos pode ser que eles tenham que mudar o seu jeito de organizar e tentar e se reconectar com muitos eleitores, mas o tipo de mudanças que estão acontecendo em todo o movimento dos trabalhadores tem a ver, em parte, com políticas de derrotas do passado, certamente, especialmente as derrotas pra Margareth Thatcher, mas também tem a ver com a estrutura da sociedade britânica, que tá mudando, e com a dificuldade que os sindicatos têm de se organizar quando a sociedade não é mais reconhecível como uma sociedade industrial, onde você tem um esquema de classes muito claro. Esse novo tipo de sociedade, muito mais desorganizada, acho que é um problema com o qual o movimento sindical sempre teve dificuldade. E tem alguns, tem algumas tentativas de meio que recrutar trabalhadores que são, sei lá, flexíveis, ou trabalhadores em posições precárias, sim, os sindicatos estão sempre tentando se adaptar a essas coisas. Mas não tenho certeza, acho que a minha impressão é que pelo menos desde as eleições gerais não há nenhuma evidência de que os sindicatos ou o LP estejam realmente tentando mudar radicalmente o jeito deles fazerem as coisas. Acho que, pelo menos os candidatos parecem estar dizendo que, sim, precisamos repensar e nos adaptar, mas o lance de que o LP foi capturado por uma parte específica da sociedade e tá lutando pra conseguir falar com o resto da sociedade, eu acho que essa ficha ainda não caiu, pra ser sincero.

 

Leticia: Sim, nós vemos a mesma coisa acontecendo em outros países também, né. A esquerda tá meio que desconectada por causa dessa mudança nas sociedades como um todo, e são outros quinhentos no Brasil, porque nós não… Quer dizer, temos indústria, mas ainda temos muitos empregos precários, e muita gente que não estudou, e não temos um histórico longo de sindicatos e tal… É outra história. Mas de qualquer forma, vou fazer mais uma pergunta só e depois vou te liberar: e os zilhões de empregos que vão desaparecer com o Brexit, que é o que estamos ouvindo há muito tempo já, você acha que isso vai acontecer mesmo ou é algum tipo de terrorismo midiático pra fazer com que as pessoas mudem de ideia ou que tenham medo? Porque eu pessoalmente tenho muitos amigos que moram em Londres e muitos deles têm amigos que foram embora porque não têm certeza do que vai acontecer agora, especialmente com os vistos, mas com os empregos também. Porque as coisas tão mudando muito rápido e eles têm medo de não conseguirem mais ficar na Inglaterra, então estão indo pra outros países. E eles, os meus amigos dizem que isso vem acontecendo o tempo todo. Mas essas pessoas estão sendo substituídas por trabalhadores britânicos ou é só empresas fechando e empregos sumindo? Você acha que isso vai acontecer mesmo? Tá rolando nesse nível mesmo, das pessoas terem que ficar assustadas?

 

Chris: Hm, o maior impacto sobre as empresas, eu acho, e sobre a economia como um todo, sempre tem a ver com a incerteza. Então, de um ponto de vista mais geral, a economia do Reino Unido é razoavelmente robusta, é bem grandinha, tem muitos setores de ponta em nível mundial, e também é muito adaptável, por causa da flexibilidade desse mercado de trabalho. O que certamente tornou as coisas difíceis nos últimos anos é que têm havido muitos, muitos investimentos que foram colocados em stand-by, não necessariamente eliminados pra sempre, mas certamente colocados em stand-by, porque ninguém sabe como vão ficar as relações entre o Reino Unido e o seu maior bloco de comércio, que é o Mercado Comum Europeu. Esse tipo de incerteza não vai, eu acho, terminar no fim de janeiro de 2020, que é quando o Reino Unido vai sair da UE, porque tem um acordo de comércio que ainda tem que ser negociado com a UE. Pode ser que o acordo seja negociado rapidamente, ou não, mas eu acho que depois que houver uma certa quantidade de certeza sobre o tipo de relação que o Reino Unido vai ter com a UE, qualquer que seja essa certeza, qualquer que seja a forma que ela tomar, em parte porque… O medo, eu acho, é que haja um colapso total nas relações e o Reino Unido caia, mas isso foi evitado porque agora temos um rascunho de acordo, então pode ser que os medos apareçam de novo no fim do ano sobre o que vai acontecer se o Reino Unido não tiver um acordo antes de 2020 acabar. Mas mesmo assim, deixando isso de lado, mesmo se o acordo não for, sei lá, algo que as pessoas tenham idealizado, dependendo do setor onde elas trabalham, depois que você tem uma estrutura que dê certeza de um acordo, aí você começa a planejar pro futuro. Como eu disse, a economia do Reino Unido, bem, temos um mercado interno bem grande, mas também temos muitos setores competitivos, que eu acho que vão ser capazes de se adaptar. Em termos de migração, eu acho que é um pouco mais complicado. Acho que o impacto provavelmente vai ser ser mais sentido na composição da migração, e não no nível absoluto de migração propriamente dita. O Reino Unido tem um mercado de trabalho aberto e requer níveis muito altos de mão-de-obra de imigrantes pra se manter. É impossível conceber, da noite pro dia, que esses empregos hoje de imigrantes sejam substituídos por britânicos, porque eles simplesmente não existem. Ao longo do tempo, eu espero que as empresas britânicas comecem a investir mais em treinamento dos seus próprios funcionários, que é algo que elas sempre… Muitas delas conseguem evitar investir em qualquer tipo de treinamento, porque eles podem simplesmente ir contratar outra pessoa mais qualificada. E esse é um dos grandes problemas do mercado de trabalho aberto, eu acho, porque do ponto de vista do empregador, não do funcionário, mas do empregador, esse mercado é ótimo, porque você não precisa investir nos seus funcionários, basta contratar outra pessoa melhor, então os trabalhadores não têm poder de barganha. E desde 2016 a gente vem observando que os empregadores vêm investindo mais em treinamento e também em outros aspectos da tecnologia e da automação, simplesmente porque estão sendo forçados a fazer isso, a investir de maneiras que eles não precisavam fazer antes, porque eles podiam contar com mão-de-obra relativamente barata. Então eu acho que isso pode vir a mudar, e seria muito positivo, mas em termos de migração, acho mais provável que haja um tipo de… um efeito, que vai ser menos trabalhadores europeus vivendo no Reino Unido. Mas mais trabalhadores de fora da UE vão vir, então trabalhadores da América Latina, do subcontinente indiano, eles viriam e trabalhariam no Reino Unido simplesmente porque seriam tão competitivos quanto alguém vindo da UE, e então a composição da população de migrantes no Reino Unido pode se tornar um pouco menos europeia e mais global. Acho que é um efeito possível.

 

Leticia: Beleza. MUITO OBRIGADA pelo seu tempo, vou parar de gravar agora. Depois eu mando o link, quando o episódio sair, pra você ver como ficou.

 

Chris: Excelente.

 

Leticia: Obrigada MESMO, viu? O papo foi ótimo.

 

Chris: Prazer foi meu, foi ótimo conversar com você.

 

Leticia: Obrigada, ciao, tchau.

 

Chris: Tchau.  

 

Leia na íntegra a transcrição do nosso episódio sobre Brexit com Chris Bickerton, da Universidade de Cambridge (EM INGLÊS)

Tempo de leitura: 12 minutos

Para acessar a versão traduzida clique aqui

 

Leticia Dáquer: OK. So, hi, nice to meet you, should I call you Chris?

 

Chris Bickerton: Yes, Chris is fine, yeah.

 

Leticia: OK. We usually start by asking our guests to introduce themselves to our listeners, so if you could just say who you are, where you are, and why we’ve invited you..

 

Chris: So my name is Chris Bickerton, I’m based at the University of Cambridge, I teach and work and research mainly on contemporary European politics, uhn… and I’ve been following, I suppose, like everybody who’s interested in politics in the UK, the Brexit process, for the last 3 years, and I’m particularly interested in the response of the left, I suppose, to European integration and the position of the British left on Brexit.

 

OK, so you are exactly what we needed today.

 

Chris: Good.

 

Leticia: Thank God, thank goodness for Marta! OK, so, we would like to know, this is gonna be short because we still need to transcribe and translate this, like I told you, so, we… After watching a video, an interview with Galloway, and he was mentioning the need to go… to move… shift further to the left, because what we consider left today is not working. It’s too far away from workers, from people, it doesn’t communicate, it doesn’t… it can’t relate, it’s become… He talks about a bourgeoise left, which doesn’t really relate to what people are actually going through. So we need, according to him, a shift further to the left. Do you think that’s the case? Do you agree with him?

 

Chris: Ah, I think it’s probably a bit more complicated, I think that… The British Labour Party has done two things over the last few years, and they’ve been going in opposite directions. So, sociologically the party has definitely become dominated by quite young voters, based in urban centres, you know, based in big cities, in London, particularly, and some of the southern university towns… I suppose a kind of middle-class, intellectual, you know, quite young group of voters, but also especially the membership. Ideologically, though, the party has gone very much to the left, since Corbyn became leader, the Labour Party has really given up a lot of what we used to call “New Labour”, and has become much more committed to socialism, at least in the language of the party leaders, and the manifesto which they presented in the last… in the elections last month, was a pretty radical left-wing manifesto, committing itself to socialist transformation. So I think the problem with the LP is not that it’s become a bourgeois party the way that Galloway says, ahm, the problem is, if you wanna be more specific, is that you have this contradictory movement between its ideological lurch to the left and its sociological movement towards the centre.

 

Leticia: Hmmm OK. Why do you think that this… That the left has been dominated by this group of more intellectuals and so on, what’s happened? Why is it not dominated by workers and unions the way it’s… supposed to be, maybe, in people’s minds? When we think of the left, we think of workers, right, and what happened? Why is this a kind of intellectual elite now, that’s running things?

 

Chris: Yeah, it’s interesting, I think, there are probably lots of different reasons. The LP in the UK hasn’t given up its formal relationship to the unions. The unions, especially some of the unions, such as Unite, play a very important role in running the party, and the financial dependence of the party on the unions and the contributions the unions make still exists. So I suppose what I said about its kinda sociological transformation should be combined with the fact that, you know, its origins as a party set up by trade unionists, by workers, self-organising and self-representing, that still, I suppose, survives in this relationship they have to the unions. However, as we know, certainly in the case of the UK, the role that the unions play in structuring social life is very different from what it once was, and the effect of the Tory government in the 1980’s, on the British trade unions was very severe, and so unions I think exist as I suppose is sort of well-organised interest group, but they don’t have the same sort of command over society as a whole, something the British working classes, they used to. So you have this, the role that the unions play. For the rest, I think it’s probably a mix of different things, some of which has to do with the fact that when the LP transformed itself into this centrist party, this third-way Blairism of the 1990’s, Blair was running this party, which he was often fighting with. The activists were often ideologically much more to the left than the leadership of the party. And so what Blair tried to do was to try and cut out, if you like, the more sort of activist part of the LP membership, and made it much easier for members to join, it was possible to join the LP and not really do very much, almost like you would like, sort of, I don’t know, Amnesty International and pay your monthly contributions, it was very different from what it meant to be a party member, where you’d go to meetings weekly and were involved in organising the local party, committees and things. So he transformed the membership in that way, as a way of freeing himself of the LP and appealing much more directly to voters. What’s happened since Corbyn is that many people have joined the party and the election of the leader was opened up to ordinary members, rather than just of the members of the Parliamentary Parties, just MPs, and the nature of that membership I think has… is very different. It is much more sort of… activists and much more involved. And so I think there’s a kind of generation of people who are not necessarily representative of society as a whole, which is much more diverse and much… but nevertheless it’s quite an organised group, I mean… Groups like Momentum, which is a sort of national organisation in the LP, a generation of, you know, activists that have managed to really take hold of the LP and through the leadership have managed to create this much more radical party. However, the social sort of identity of these activists is what I described to you, you know. It’s kind of millennial, very London-based, very well educated, and very interested in, you know, ideas and sort of… connecting ideas with policies, and they have really no direct relationship, as far as I can tell, to other elements and structures in British society. And the failure, I think, of the LP was really that over time it became a kind of bubble, sociologically and ideologically. And when you test the bubble out in the general election, you realise that it’s just a bubble.

 

Leticia: Yeah. This is exactly what we saw in the first referendum, right? That London had a totally different result regarding the Brexit thing when you compared it to the rest of the country. And it happened again, right? In the second referendum. Nobody learned anything? Why didn’t things change between the two, what happened? Because maybe people expected a different outcome because we kind of understood what had happened the first time, and then it happened again. Is it something like ok, ‘so they wanna leave, just let them and they’ll see what’s good for them’, or something else failed even more than it had before. What do you think happened?

 

Chris: So when you say, when you talk about the first and the second referendums what do you mean exactly?

 

Leticia: Ah, because the first time it happened it was quite a shock, nobody was expecting it…

 

Chris: You mean the one in 2016?

 

Leticia: Yes! Because we saw a big difference between London and the rest of the country, and nobody was expecting that, because it didn’t seem… feasible to anyone that people would think about it and actually come to the conclusion that it would be a good idea to leave the EU, right? And then it happened again, and now we have Boris Johnson and we have all this stuff that nobody understands where it came from. So I… From what I’ve heard around here in Italy, some people were commenting on this, and in Brazil too, people are like “what happened?” Because we thought that we had understood what had happened the first time so maybe something was supposed to have been done to change it and to have a different outcome this time. And then, boom, so what happened?

 

Chris: I think, uhm… I suppose it’s a lesson in having to be a little bit… wary about the way you inform yourself, where you get information from… Because it’s possible, as I said, that people really operate in a kind of bubble. I think some of it has to do with sort of… misinterpretation, I think, of the original Brexit vote. So back in 2016 when people voted to leave the European Union, the reaction by many people who were very favourable to the European Union was that people had been misled, you know, they had been misled by these slogans, which were really just lies, and people were confused about what they were voting for, they were mistaken, and after three years it becomes more evident that, you know, that it was all a mistake, and therefore people will realised it and will vote differently. And I think we know from the very beginning that was a very dangerous reading of why people vote. I think people voted in large part because they decided that they did want to leave the European Union, and it was not really because they were mistaken, it was really about their views about the EU. Now if you fast forward to 2019, to the end of 2019, you had a lot of people who had gone through these years of, you know, parliamentary debates and negotiations and lots of votes that were rejected… and what they saw as this inability of Parliament to simply deliver the result of the referendum, and you had one party that said, look, we will get Brexit done, was their slogan. And if what you care about is leaving the EU, then you vote for the party that will take you out of the EU. And if your analysis is that people were just mistaken and now they certainly would realise that they made a mistake, then you’re never gonna understand the dynamics. And certainly throughout much of the campaign, it was only at the very end, I think, that the LP sorta of activists and some of the LP leaders realised that they had really underestimated the willingness of a lot of voters in the north of England, who’d voted for Brexit, to vote for the Conservative Party in order to get Brexit. And to abandon the LP that they may have voted for many, many years. It was only at the very end that they started to realise that maybe these voters are not gonna vote for us. And they didn’t. And the Party lost, you know, spectacularly. So I think part of it was really the fact that they underestimated people’s willingness to vote for any party that simply delivers what they wanted to happen, which was for the UK to leave the EU.

 

Leticia: Do you envision unions becoming stronger after this, as a reaction to this loss of connection with actual workers?

 

Chris: Trade unions, do you mean?

 

Leticia: Yes.

 

Chris: I don’t know, I think uhm… I mean, in some ways I suppose the response of unions might be that they need to change the way that they organise and try and reconnect, I suppose, with lots of voters, but the kind of shifts that are taking place across the labour movement as a whole are partly to do with the politics of past defeats, certainly, especially the defeats of them to Margareth Thatcher, but they’re also to do with the changing structure of British society and the difficulty that unions have, I think, to organise when society is no longer recognisable as an industrial society, when you have a clear arrangement of classes. This new sort of much more disorganised form of society I think is one that the union movement has always struggled with. And there’s some, I suppose, there’s some attempts to sorta recruit workers that are, you know, flexible workers, or workers that are, you know, in a much more precarious position, yes, unions are always trying to adapt to that. But I’m not sure, I think my impression is that at least since the general election, there isn’t any evidence that the unions or the LP is really trying to radically change the way they’re doing things. I think they, at least the candidates seem to be saying is that yes, we need to sorta rethink and adapt, but a real sort of recognition that the LP is in some way, I suppose, captured by a particular part of society and struggles to speak to much of the rest of society, I don’t know if that last bit is coming through, to be honest.

 

Leticia: Yeah, we see the same thing happening in other countries as well, right? The left is kind of disconnected because of this change in societies as a whole, and it’s a different story in Brazil, because we’re not… so far on, I mean, we have industries and so on, but we still have a lot of precarious jobs and a lot of people who haven’t studied much and we don’t have a long story of unions, of trade unions, and so on, so… It’s a different picture. But in any case, just one last question and then I’ll let you go, what about all these millions of jobs that are going to disappear after Brexit, which is what we have been hearing for a long time now – do you think this is actually going to happen or is this some kind of media terrorism to make people change their minds somehow, or be scared of it? Cause I personally have a lot of friends living in London and a lot of them have friends that have left because they’re not sure what’s gonna happen now, especially with their visas, but even with their jobs themselves. Because things are changing so fast, and they were afraid that they would not be allowed to be in England anymore, and so they just decided to move to other countries. And they, my friends say this is happening all the time. But are these people being replaced by people from the UK or is it just companies closing, shutting down and, you know, jobs disappearing? Is this really going to happen, do you think? Is it really happening to the point that people should be scared?

 

Chris: I mean, the principal sort of … impact on business, I think, and on the economy as a whole, is always to do with uncertainty. So, in the grand scheme of things, the UK economy is reasonably robust, quite large economy, that has, you know, quite a few sort of world-leading, you know, sectors, and is also very adaptable, because of the flexibility of this labour market. What’s made certainly things difficult over the last few years, what’s affected and vested sentiment, there’s been a lot of, sort of, a lot of investments that have been put on hold, not necessarily, you know, taken away forever, but certainly put on hold, has just been that nobody knows what the new relationship will be to the UK’s biggest trading block, which is the European Union single market. Now that sort of uncertainty won’t, I think, come to an end at the end of January 2020, when the UK leaves the EU, because there’s a trade agreement that needs to be negotiated with the EU. It may be that actually the agreement is negotiated quickly, or maybe less quickly, but I think once there’s a fair amount of certainty about the kind of relationship the UK will have to the EU, whatever that certainty, whatever form that takes, partly because… The fear, I think, is that there’s just a sort of a complete collapse in relations and the UK crashes out, in so far as that’s been avoided, because we now have a framework for an agreement, it may be that fears come up again at the end of the year, about what is gonna happen if the UK doesn’t have an agreement by the end of 2020. But nevertheless, if we put that to one side, even if the agreement is not one that, you know, people would ideally have wanted, depending on whichever sector they’re working in, once you get a framework for certainty, then you begin to plan for the future. Like I said, the UK has a generally, it’s quite a large internal market of its own, but it also has quite a few competitive sectors, which I think will be able to adapt. In terms of migration, I think it’s a bit more complicated. I think the impact I think is likely to be felt on the composition of migration, rather than the absolute level of migration. The UK has an open labour market and it requires very high levels of migrant labour to sustain itself. It’s impossible, I think, to really conceive, overnight, migrant labour would be substituted for British workers, they just simply don’t exist. Over time, I would hope that British companies would start to invest more in training their own employees, which they always… many of them managed to avoid investing in any sort of training, ‘cause they can always hire someone else. And that’s one of the great failures, I think, of an open labour market, is that for an employer’s perspective, not from the worker’s perspective, from an employer’s perspective it’s great, because you don’t have to invest in your own employees ‘cause they have no bargaining power, because you can just employ someone else. And we’ve seen already since 2016 that there’s been more investment by employers in training and also in some aspects of technology and automation, simply because they’re being forced, actually, to invest in ways that they didn’t have to before, ‘cause they could just rely on relatively cheap labour. So I think that’s something that may change, and that’d be very positive, but in terms of migration, it’s more likely I think that if there’s any sort of… there’s an effect, it’s gonna be that less EU workers will be based in the UK. But more workers from non-EU countries would come in, so workers from Latin America, workers from the Indian subcontinent, they would come and work in the UK simply because they would be as competitive as somebody coming from the EU, and so the composition of the UK’s migrant population could be a little bit less European and a bit more global, I think that’s a possible effect.

 

Leticia: OK. Alright, thank you VERY MUCH for your time and I’ll stop recording now. I’ll send you the link when we’ve published the episode just so you can see what it looks like.

 

Chris: Excellent.

 

Leticia: Thanks A LOT, ok? This was really nice.

 

Chris: My pleasure, good talking to you.

 

Leticia: Thanks, ciao, bye-bye.

 

Chris: Bye-bye.

 

Pistolando #049 – Brexit: vire à esquerda, com Alcysio Canette (Lado B do Rio)

Tempo de leitura: 2 minutos

 

O Reino Unido pediu pra sair. A data do vai ou racha tá chegando e mesmo assim nem todo mundo entende direito se sair da União Europeia vai ser bom ou ruim pra todos os envolvidos. E o que a esquerda tem a ver com isso tudo? Vamos tentar entender esse babado britânico com Alcysio Canette, do podcast Lado B do Rio.

 

Ficha técnica

Hosts: Thiago Corrêa e Leticia Dáquer

Convidado: Alcysio Canette

Edição: Thiago Corrêa

Capa: Leticia Dáquer 

Data da gravação: 07/01/2020

Data da publicação: 09/01/2020

 

Links relacionados ao episódio

Why the Left Should Embrace Brexit (Jacobin, 29/04/2019)

Brexit and the left (Social Europe, 23/07/2019)

Não é só a direita: por que parte da esquerda britânica apoia o Brexit? (BBC Brasil, 29/03/2017)

Brexit de esquerda, um caminho bastante estreito (Le Monde Diplomatique Brasil, 31/01/2019)

Poll of Labour members suggests Keir Starmer is first choice (The Guardian, 01/01/2020)

Britain’s Communist Party blames Labour’s “Stop Brexit” stance for election defeat (People’s World, 18/12/2019)

George Galloway on Brexit and UK’s political future (YouTube, 29/12/2019)

 

A Balada do Pistoleiro

Alcysio Canette

Podcast BungaCast

Livro: Trainspotting (Irvine Welsh)

 

Leticia Dáquer

Episódio do Lado (B)lack sobre Fanon

 

Thiago Corrêa

Filme: Os bons tempos voltaram: Vamos gozar outra vez – Primeiro de Abril (1985)

 

Jabás

Alcysio Canette

Twitter pessoal: @alcysio

Podcast: Lado B do Rio

 

Leticia Dáquer

Twitter: @pacamanca

Blog: www.pacamanca.com

Papo Cético, podcast do site Mitografias 

 

Thiago Corrêa

Twitter: @thiago_czz

 

Parceria com Veste Esquerda: use o código de desconto PISTOLA10 pra ter 10% de desconto na sua compra de camisetas maneiríssimas esquerdopatas

 

#MULHERESPODCASTERS

Mulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil.

O Pistolando apoia essa iniciativa. 

Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.

 

Links do Pistolando

www.pistolando.com

contato@pistolando.com

Twitter: @PistolandoPod

Instagram: @PistolandoPod

APOIE O PISTOLANDO

 

 

Pistolando #048 – BMF edition: Festas de fim de ano

Tempo de leitura: < 1 minuto

 

O Bom, o Mau e o Feio 

 

Ficha técnica

Hosts: Leticia Dáquer e Thiago Corrêa

Edição: Thiago Corrêa

Capa: Leticia Dáquer

Data da gravação: 30/12/2019

Data da publicação: 02/01/2020

 

O Bom:

Leticia:

Thiago: 

 

O Mau:

Leticia:

 

O Feio:

Leticia: 

Thiago: 

 

Parceria com Veste Esquerda: use o código de desconto PISTOLA10 pra ter 10% de desconto na sua compra de camisetas maneiríssimas esquerdopatas

 

#MULHERESPODCASTERS

Mulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil.

O Pistolando apoia essa iniciativa. 

Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.

 

Links do Pistolando

www.pistolando.com

contato@pistolando.com

Twitter: @PistolandoPod

Instagram: @PistolandoPod

 

 

Pistolando #047 – Uberização da economia, plataformização do emprego

Tempo de leitura: 3 minutos

 

Todo mundo adora um Uber, o iFood quebra muito o galho na hora da preguiça de sair pra comprar comida, o Rappi vai lá do outro lado da cidade entregar aquela parada urgente quando você não pode sair de casa, ficar em AirBnB em viagens é uma delícia… Mas quantas vezes paramos pra pensar em quem realmente lucra – e quem realmente perde – com esse esquema de “economia compartilhada”? Como funcionam exatamente essas plataformas, quem está por trás delas, a quantos direitos trabalhistas os “colaboradores” das plataformas renunciam, que efeitos sobre a economia local e global tem esse novo estilo de trabalhar? Respostas a essas e a outras perguntas com David Deccache, doutorando em Economia pela UFF.

 

Ficha técnica

Hosts: Leticia Dáquer e Thiago Corrêa

Convidado: David Deccache

Edição: Thiago Corrêa

Capa: Leticia Dáquer 

Data da gravação: 20/12/2019

Data da publicação: 26/12/2019

Música:

  • Ekke – Uber in Vancouver
  • The AAA Girls  – Dear Uber Driver
  • Eiffel 65 – I’m Blue (Da Ba Dee) 

 

Links relacionados ao episódio

Berlim recompra 6.000 imóveis de uma empresa para frear aumento do aluguel (El País, 30/09/2019)

De Uber a Nubank: as empresas que valem bilhões, mas nunca registraram lucro (BBC Brasil, 30/09/2019)

Tweet de Samia Bonfim comentando o Uber Work

Série Plataformas, com vídeos sobre o assunto, produzida pela Revista Anfibia, da Universidad Nacional de San Martín, Argentina

Dossiê da Passa Palavra sobre plataformas (13/11/2016)

Para diretora da Uber no país, revolução da mobilidade só começou (Folha, 29/10/2019)

Como o Uber sobrevive com prejuízo de US$ 1,2 bilhão e sem nunca ter dado lucro? (BBC Brasil, 11/11/2019)

Worker-Owned Apps Are Trying to Fix the Gig Economy’s Exploitation (Vice, 19/11/2019)

Uber perde licença para operar em Londres devido a falhas de segurança (UOL, 25/11/2019)

What Airbnb really does to a neighbourhood (BBC, 29/08/2018)

‘Só nos vemos na garagem’: as famílias que dividem o carro para trabalhar 24h por dia em apps de transporte (UOL, 25/11/2019)

Uber Office Had Separate Bathrooms for Drivers and ‘Employees’ (Vice, 04/12/2019)

Uber’s new loan program could trap drivers in cycles of crushing debt (The Guardian, 05/12/2019)

Justiça vê vínculo empregatício entre Loggi e motoboys e manda empresa pagar R$ 30 mi (Folha, /12/2019)

OAB classifica morte de entregador do Rappi de desmonte das relações de trabalho (Folha, 13/07/2019)

Como a Uber drenou lucro de montadoras de veículos no Brasil (Época Negócios, 11/12/2019)

Fio do @startupdareal sobre Uber

Tweet do @toninhoPSTU sobre a greve dos motoboys em São José dos Campos

Uber si arrende: “Con la nuova legge su Ncc meno auto e tempi d’attesa più lunghi. Ci spiace” (Business Insider Italia, 17/05/2019)

Il Consiglio di Stato contro Uber: restano in vigore le norme sugli Ncc (La Repubblica, 04/10/2019)

Airbnb Is Accused Of Destroying Cities. This Company Says It’s The Ethical Alternative. (Huffington Post, 06/02/2019)

Paris mayor troubled by new Olympic sponsor Airbnb, vows referendum on home-sharing firm (France 24, 19/11/2019)

Un tercio de la oferta de Airbnb en España está en manos de propietarios y empresas con más de 5 pisos (El Diario, 26/08/2019)

After a Halloween party shooting, focus on Airbnb policy draws outrage (The Guardian, 06/11/2019)

 

A Balada do Pistoleiro

David Deccache

Livro: Dívida: os primeiros 5000 anos (David Graeber)

Livro: O privilégio da servidão (Ricardo Antunes)

 

Leticia Dáquer

Livro: Mulheres e caça às bruxas (Silvia Federici)

 

Thiago Corrêa

Artigo: A história de “Blue (Da Ba Dee)”, dos Eiffel 65

 

Jabás

David Deccache

Facebook pessoal

Twitter pessoal: @deccache

 

Leticia Dáquer

Twitter: @pacamanca

Blog: www.pacamanca.com

Papo Cético, podcast do site Mitografias 

 

Thiago Corrêa

Twitter: @thiago_czz

 

Parceria com Veste Esquerda: use o código de desconto PISTOLA10 pra ter 10% de desconto na sua compra de camisetas maneiríssimas esquerdopatas

 

#MULHERESPODCASTERS

Mulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil.

O Pistolando apoia essa iniciativa. 

Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.

 

Links do Pistolando

www.pistolando.com

contato@pistolando.com

Twitter: @PistolandoPod

Instagram: @PistolandoPod

 

Pistolando #046 – BMF edition: Sovaquitos cantam música de Natal pros corais mortos pelo ICE na biblioteca africana jogando shampoo no olho do indonésio

Tempo de leitura: 2 minutos

 

O Bom, o Mau e o Feio 

 

Ficha técnica

Hosts: Leticia Dáquer e Thiago Corrêa

Edição: Thiago Corrêa

Capa: Leticia Dáquer

Data da gravação: 06/12/2019

Data da publicação: 11/12/2019

Músicas:

  • Mariah Carey – All I want for Christmas is you
  • Simone – Então é natal
  • Ivan Lins – Um Feliz Natal
  • Tchaikovsky – O quebra nozes Ato II Nº 12 Divertissement; d. Trépak (Dança Russa)
  • Michael Bublé – Holly Jolly Christmas

 

O Bom:

Leticia:

Thiago: 

 

O Mau:

Thiago:

 

O Feio:

Leticia: 

 

Thiago: 

 

Parceria com Veste Esquerda: use o código de desconto PISTOLA10 pra ter 10% de desconto na sua compra de camisetas maneiríssimas esquerdopatas

 

#MULHERESPODCASTERS

Mulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil.

O Pistolando apoia essa iniciativa. 

Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.

 

Links do Pistolando

www.pistolando.com

contato@pistolando.com

Twitter: @PistolandoPod

Instagram: @PistolandoPod

 

Pistolando #045 – Paraísos fiscais

Tempo de leitura: 2 minutos

 

Todo mundo já ouviu falar e provavelmente sabe citar um ou dois exemplos, mas o que isso significa exatamente, em termos práticos? Que tipo de pessoa e empresa usa esses serviços? Quais as consequências disso pra nós, pobres mortais tupiniquins? E o que diabos o COAF tem a ver com isso? Conversamos novamente com Charles Alcântara, presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco).

 

Ficha técnica

Hosts: Leticia Dáquer e Thiago Corrêa

Convidado: Charles Alcântara

Edição: Thiago Corrêa

Capa: Leticia Dáquer 

Data da gravação: 28/11/2019

Data da publicação: 05/12/2019

Música:

  • André de Oliveira – CPI do Céu

 

Links relacionados ao episódio

Mapa revela quanto do lucro corporativo no mundo vai para paraísos fiscais (Exame, 30/09/2019)

Estudo liga paraísos fiscais a desmatamento na Amazônia (DW, 13/08/2018)

O uso de paraísos fiscais pelos super-ricos empobrece o mundo? (BBC Brasil, 09/11/2017)

Sonegação custa ao país sete vezes mais que a corrupção, diz pesquisador (Rede Brasil Atual, 23/06/2017)

Paraísos fiscais e corrupção – uma luta global (Observatório da Cidadania, 2017 – pdf)

Site da Tax Justice Network

Aras e subprocuradores temem que mudanças em regras do Coaf tornem Brasil ‘paraíso fiscal’ (G1, 18/11/2019)

Paraísos fiscales más populares a nivel mundial para el bufete Mossack Fonseca en abril de 2016, según número de empresas en centros offshore (Statista.com)

Brasil é paraíso tributário para super-ricos, diz estudo de centro da ONU (Nações Unidas Brasil, 31/06/2016)

What is financial secrecy? (Financial Secrecy Index)

CPI DA SONEGAÇÃO TRIBUTÁRIA (Câmara Municipal de São Paulo, 21/11/2019)

 

A Balada do Pistoleiro

Charles Alcântara

Filme: Parasita (2019)

Poema: Aprendo com abelhas (Manoel de Barros)

Aprendo mais com abelhas do que com aeroplanos.

É um olhar pra baixo que eu nasci tendo.

É um olhar para ser menor, para o

Insignificante que eu me criei tendo.

O ser que na sociedade é chutado como uma barata – cresce de importância para o meu olho.

Ainda não entendi porque herdei esse olhar para baixo.

Sempre imagino que venha de ancestralidades machucadas.

Fui criado no mato e aprendi a gostar das coisinhas do chão- antes que das coisas celestiais.

Pessoas pertencidas de abandono me comovem:

tanto quanto as soberbas coisas ínfimas.

 

Leticia Dáquer

Livro: Vulgo Grace (Margaret Atwood)

Série: Queer Eye (Netflix)

 

Thiago Corrêa

Documentário: Welcome to Leith (2015)

 

Jabás

Charles Alcântara

Twitter pessoal: @charlesalcant_  

Twitter Fenafisco: @FenaFisco

Fenafisco no Facebook  

Fenafisco no Instagram

 

Leticia Dáquer

Twitter: @pacamanca

Blog: www.pacamanca.com

Papo Cético, podcast do site Mitografias 

 

Thiago Corrêa

Twitter: @thiago_czz

 

Parceria com Veste Esquerda: use o código de desconto PISTOLA10 pra ter 10% de desconto na sua compra de camisetas maneiríssimas esquerdopatas

 

#MULHERESPODCASTERS

Mulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil.

O Pistolando apoia essa iniciativa. 

Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.

 

Responda à PodPesquisa 2019!

 

Links do Pistolando

www.pistolando.com

contato@pistolando.com

Twitter: @PistolandoPod

Instagram: @PistolandoPod