Mês: outubro 2018

Pistolando Extra: A Ascensão do Nazismo

Tempo de leitura: 2 minutos

Sabe aquele? O inimigo do Indiana Jones, da Anne Frank, do Capitão América? O que você sabe MESMO sobre o nazismo além do que estudou pro vestibular e viu na cultura pop? O que o Brasil de 2013 pra cá tem a ver com a Europa em 1932 e que influência isso tem com a nossa situação atual? Quem formava a resistência e como podemos resistir hoje? Conversamos com Maria Visconti, historiadora que entende dos paranauês.

Read More

Extra: Pistolando com Fumaça – Geringonça, Um Experimento Português

Tempo de leitura: 2 minutos

Impossível você não querer saber o que é uma coisa com esse nome. Acredite, é MUITO mais interessante do que parece – trata-se do apelido dado ao governo que assumiu Portugal em 2014, numa coalizão inédita de partidos de esquerda. Como funciona esse negócio? Algo semelhante seria possível no Brasil? Conversamos com o Pedro Miguel Santos, do podcast Fumaça, porque somos internacionais, bêibi.

Read More

Editorial: 2º Turno das Eleições

Tempo de leitura: 3 minutos

Sejam todos bem-vindos a esse breve editorial do Pistolando Podcast. Para quem já acompanha o nosso trabalho já deve ser bem óbvia a nossa posição com relação ao segundo turno das eleições presidenciais, mas vivemos tempos tão malucos que pensamos que o óbvio também precisa ser dito e reafirmado.
Read More

Pistolando #009 – Aquífero Guarani e Gestão Hídrica

Tempo de leitura: 2 minutos

 

Já dizia Platão, “quem tem um aquífero tem um tesouro”. O que raios é um aquífero e por que todo mundo tá de olho neles? O que exatamente aconteceu durante a “crise” hídrica em São Paulo, magistralmente (cof cof) gerida pelo governo Alckmin? Nosso futuro é um mundo Mad Max? Falamos com Vitor Ferreira, do Terra Negra.

Read More

Guia de sobrevivência ao almoço de domingo – Parte 6: Defesa nacional

Tempo de leitura: 7 minutos

Olá, amiguinhos, estamos de volta para mais uma parte da análise do plano de governo de Bolsonaro. O último, além de ficar longo, deu um puta trabalho pra levantar os dados, então esse aqui vai ser um pouco mais curto e vai ter muita lição de história.

DEFESA NACIONAL

Garantia da Lei e da Ordem
Dentre instituições, grupos, pessoas ou atividades, que tiveram sua imagem atacada pela doutrinação ideológica de esquerda, certamente as Forças Armadas do Brasil estão entre as que mais sofreram.
Houve clara intenção de desconstruir a imagem desta espinha dorsal da Nação, afinal, elas são o último obstáculo para o socialismo.
Saliente-se que as Forças Armadas do Brasil tem uma História que nos orgulha. Por exemplo, heróis brasileiros lutaram contra o Nacional Socialismo na Segunda Guerra Mundial. Fomos o único país da América Latina a lutar contra os Nazistas. Posteriormente, outros heróis impediram a tomada do poder por forças de esquerda que planejavam um golpe comunista no Brasil em 1964, conforme o editorial: Julgamento da Revolução – O GLOBO, 7 de outubro de 1984.
Atualmente, a Nação olha para as Forças Armadas como garantia contra a barbárie.

Bolsonaro cita uma suposta difamação da imagem dos militares por um conceito muito vago de esquerda. Uma pena que seja lá onde ele estudou deve ter dormido nas aulas de história. Vamos recapitular?

  • 12/11/1823, a “Noite da Agonia”: Quando Karl Marx tinha apenas 5 anos e o Brasil apenas 1 ocorreu o primeiro golpe da pátria independente. Dom Pedro I ordenou um cerco e a prisão e exílio dos deputados constituintes liberais, formando logo depois um novo conselho composto apenas por conservadores da sua confiança. A quem foi ordenada tal atitude golpista? A eles, claro, os militares.
  • 23/07/1840, o Golpe da Maioridade: 34 anos do nosso bom velhinho terminar O Capital, lá estava o Brasil metido em outro rolo. Dom Pedro I abdicou do trono, seu filho ainda cheirarava a leite e a briga entre liberais e conservadores estava no auge. Em suma, fizeram a cabeça do moleque pra assumir logo e às favas a Constituição, que só permitiria a ascensão ao trono após os 18 anos completados.
  • 15/11/1889, a Proclamação da República: Mais uma vez tivemos paticipação direta dos militares. Marechal Deodoro da Fonseca foi persuadido a marchar contra seu mui amigo Dom Pedro II após Benjamin Constant e outros positivistas da época dizerem a ele que Gaspar da Silveira Martins, seu desafeto declarado, seria nomeado comandante do exército. Ah, é era mentira.
  • 03/11/1891, O Golpe de Três de Novembro: O mesmo Marechal Deodoro da Fonseca acaba eleito presidente pelo voto indireto e na data referida dissolveu o congresso nacional numa canetada e declarou estádio de sítio no país.
  • 23/11/1891, A Primeira Revolta da Armada fez sua principal vítima. Marechal Floriano Peixoto assume após a renúncia de Deodoro. A consituição da época regia que se o presidente deixasse o cargo em menos de um ano de sua eleição, deveriam haver novas eleições. Floriano não deu a mínima para os dispositivos constitucionais e permaneceu no cargo. 2 anos de república e 3 golpes de militares; que fase…
  • A Revolução de 30: Após uma eleição fraudada para que Júlio Prestes fosse o sucessor de Washington Luís, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba não aceitaram o resultado, e no vuco-vuco que se sucedeu João Pessoa, então governador da Paraíba, foi morto. Foi a gota d’água para que setores militares embarcassem no bonde golpista de colocar Getúlio Vargas na cadeira. Segue um trecho:“[…] detinha a superioridade militar sobre os revoltosos, mas faltava ao alto-comando vontade para defender a legalidade. Os chefes militares sabiam que as simpatias da jovem oficialidade e da população estavam com os rebeldes. Uma junta formada por dois generais e um almirante decidiu depor o presidente da República e passar o governo ao chefe do movimento revoltoso, o candidato derrotado da Aliança Liberal. Sem grandes batalhas, caiu a Primeira República, aos 41 anos de vida.”
    (Carvalho, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015. p. 100).
  • O “Estado Novo”: Não perca as contas, ja estamos no sétimo golpe! Em 1937 o General Olímpio Mourão Filho fez uma presepada, inventou um tal de Plano Cohen inexistente e nele dizia que estava em curso uma possível tentativa de revolução socialista – na época o socialismo e o tenentismo afloravam no Brasil. Em 30 de setembro de 1937 o General Eurico Gaspar Dutra declara Estado de Guerra e cassa os direitos constitucionais. Em 10 de novembro é fechado o Congresso Nacional sob aplausos dos integralistas (uma versão tupiniquim do fascismo). Nada de eleições previstas para 38; a ditadura Vargas vai até 1945.
  • A Deposição de Vargas: Praticamente os mesmos militares que apoiaram o golpe de 1937 tiraram Vargas do cargo em 1945. Enquanto Getúlio tentava fazer uma transição para manter tudo dentro das suas vontades, a pressão popular ia apertando. Quando Gegê afastou o chefe de polícia do Distrito Federal, João Alberto Lins de Barros, e pôs em seu lugar seu próprio irmão, o General Góis Monteiro, que o havia ajudado em 1930, reagiu ao gesto de Vargas e mobilizou tropas no Distrito Federal. Góis e Dutra exigiram a renúncia, mas tudo que ganharam foi um cadáver martirizado.
  • 01/04/1964 O Golpe Militar: Esse eu vou me abster de comentar. Foram 21 anos de cerceamento de liberdades e todo o tipo de crime sob o pretexto de um fantasma do socialismo que jamais chegou perto de tomar o poder.

Nos nossos últimos NOVE Golpes de Estado apenas um não teve o envolvimento direto de setores das forças armadas. Diferente do que o candidato diz, as forças armadas não são “o último obstáculo para o socialismo”, mas sim o último obstáculo para a Democracia.

DEFESA NACIONAL

Segurança das Fronteiras
Devemos recuperar as condições operacionais de nossas Forças Armadas, com a valorização e a proteção de seus integrantes!
Diante das crises, nossos combatentes precisam de equipamentos modernos, não somente de veículos e armas. Ameaças digitais já são presentes. Nossas Forças Armadas precisam estar preparadas, através de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, com a participação das instituições militares no cenário de combate a todos os tipos de violência.
Além disso, no papel de consolidação nacional, devemos lembrar da participação das Forças Armadas no processo de atendimento da saúde e da educação da população, principalmente em áreas remotas do país.
As Forças Armadas terão um papel ainda mais importante diante do desafio imediato no combate ao crime organizado, sendo importante buscar uma maior integração entre os demais órgãos de segurança pública, principalmente na estratégia de elevar a segurança de nossas fronteiras.
Teremos em dois anos um colégio militar em todas as capitais de Estado.

Aqui basicamente só aparecem frases inócuas de exaltação das forças armadas, é o popular “jogar pra torcida”. A única coisa que é digna de nota aqui é o tal colégio militar. Sobre isso eu não vou fazer textão não, vou colocar um vídeo do Le Monde Diplomatique que é mil vezes melhor do que eu:

SUFOCAR A CORRUPÇÃO

• Transparência e Combate à Corrupção são metas inegociáveis.
• Como pilar deste compromisso, iremos resgatar “As Dez Medidas Contra a Corrupção”, proposta pelo Ministério Público Federal e apoiadas por milhões de brasileiros, e encaminhá-las para aprovação no Congresso Nacional.

Quando eu penso que já tava acabando o texto chegam as tais “As Dez Medidas Contra a Corrupção”. Não vai ter jeito, vamos ter que destrinchar. As tais medidas estão cheias de falácias e não tem como passar batido por elas.

Pra começar as 10MCC são referenciadas como se fossem um documento plural, contruído pelo MPF juntamente com a sociedade – ao menos é o que o site diz, mas “curiosamente” não há lugar algum em que você consiga acessar a íntegra dos documentos a não ser pelo site do 10MCC que, para a surpresa de ninguém, é do MPF!  Fique à vontade para procurar quem é essa sociedade que ajudou, não vai chegar a lugar algum. Há um problema nisso? Não exatamente, não é nada ilegal, mas essa maquiagem de iniciativa popular, convenhamos, não é a coisa mais moral do mundo.

Outra forma utilizada para legitimar as tais 10 medidas é dizer que elas têm como respaldo 2 milhões de assinaturas em um abaixo-assinado, mas vamos lá, se alguém te para na rua e diz que tem um abaixo-assinado que é contra a corrupção você deixaria de assinar? Quem diabos é a favor da corrupção??? É uma retórica baixa.

Eu poderia fazer um texto gigante sobre essas medidas ou até mesmo quem sabe elas virem um episódio do nosso podcast, eu só vou deixar aqui uma situação pra mostrar o quão absurdo é o projeto.

Vamos pegar o que está no anteprojeto do primeiro ato, o teste de integridade:

“Art. 3º Os testes de integridade consistirão na simulação de situações sem o conhecimento
do agente público, com o objetivo de testar sua conduta moral e predisposição para cometer ilícitos
contra a Administração Pública.”

Basicamente o que vai rolar? Lembra do teste de fidelidade do João Kléber? É basicamente isso, mas ao invés de uma modelo sensual forçando a barra pra cima de um garotão com namorada seria um policial disfarçado esfregando dinheiro na cara de um servidor público mal remunerado. E eu não tô inventando não, tem até artigo mandando filmar quando possível. A ideia é provocar uma situação pra cima do servidor forçando uma barra pra ele aceitar algum tipo de vantagem, financeira ou não e ser pego com a boca na botija.

Talvez você esteja achando interessante né? Bem, tudo terá de ser previamente comunicado e é vedada a realização dos testes com juízes e cargos de alto escalão, afinal todos sabem que quem fez o Petrolão, os escândalos de Furnas e do metrô de SP foram os almoxarifes e contínuos, né?

A medida é um ornitorrinco que mesmo que tivesse boa intenção possui várias falhas e abre precedentes para excessos. Ou você acha que não rolaria de plantar uma grana na sala daquele secretário que almoça com a turma do sindicato pra incriminá-lo e tirar do caminho? Achou exagerado? É porque você não conhece o modus operandi de alguns outros servidores públicos por aí… [¹] [²]

 

Esse texto é parte de uma série. Não deixe de ver os nossos outros textos sobre o tema:

Introdução
Parte 1: “O Brasil livre”
Parte 2: “Mais Brasil, menos Brasília
Parte 3: Estrutura e gestão
Parte 4: Linhas de ação
Parte 5: Mentiras da esquerda
Parte 6: Defesa nacional
Parte 7:  Saúde
Parte 8: Educação (EM BREVE)
Parte 9: Inovação, ciência e tecnologia (EM BREVE)
Parte 10: Economia (EM BREVE)
Parte 11: Economia 2 (EM BREVE)
Parte 12: Economia 3 (EM BREVE)
Parte 13: Economia 4 (EM BREVE)
Parte 14: Economia 5 (EM BREVE)
Parte 15: Agricultura e Infraestrutura (EM BREVE)
Parte 16: Energia, petróleo e gás (EM BREVE)
Parte 17: Tranportes, portos e aviação (EM BREVE)
Parte 18: O novo Itamaraty (EM BREVE)

Guia de sobrevivência ao almoço de domingo – Parte 7:  Saúde

Tempo de leitura: 5 minutos

Falou em saúde e educação, eu entro em campo! Então lá vamos nós:

SAÚDE E EDUCAÇÃO

A SAÚDE DEVERIA SER MUITO MELHOR
Com o valor que o Brasil já gasta!
Abandonando qualquer questão ideológica,
chega-se facilmente à conclusão que a
população brasileira deveria ter um
atendimento melhor, tendo em vista o
montante de recursos destinados à Saúde.
Quando analisamos os números em termos
relativos, o Brasil apresenta gastos
compatíveis com a média da OCDE, grupo
composto pelos países mais desenvolvidos.
Mesmo quando observamos apenas os
gastos do setor público, os números ainda
seriam compatíveis com um nível de bem
estar muito superior ao que vemos na rede
pública.
É possível fazer MUITO mais com os
atuais recursos!
ESSE É NOSSO COMPROMISSO!

A saúde é uma bosta blá blá blá poderia ser melhor blá blá blá Whiskas sachê.  Gastaram um parágrafo inteiro pra falar o óbvio. Todo mundo sabe que a saúde pública fica muito aquém do que deveria, apesar do SUS ser um projeto MARAVILHOSO elogiado no mundo inteiro. Quantos outros países no mundo oferecem serviços de saúde totalmente gratuitos? Lembrando que em muitos outros ele é pago E ruim ao mesmo tempo. O SUS deve ser defendido com unhas e dentes, mas isso requer investimento. Coisa que o programa do Bozo já disse que não vai fazer (veja aqui e aqui). Eles dizem que é possível fazer muito mais com os atuais recursos (mais uma vez mostrando que não pretendem aumentar os investimentos no SUS). Como vão fazer isso?

SAÚDE NA BASE

O Prontuário Eletrônico Nacional Interligado será o pilar de uma saúde na base informatizada e perto de casa. Os postos, ambulatórios e hospitais devem ser informatizados com todos os
dados do atendimento, além de registrar o grau de satisfação do paciente ou do responsável. O cadastro do paciente reduz custos ao facilitar o atendimento futuro por outros médicos, em outros
postos ou hospitais. Além disso, torna possível cobrar maior desempenho dos gestores locais.

Ótima ideia informatizar tudo, super maneiro, fica bonitão, o computador lá, o médico cutucando a tela do tablet, todo disruptivo, pipipi popopó. Mas vem cá… O Brasil tem internet confiável, estável, difusa em todo o seu território? O posto de saúde lá nos cafundós do Amazonas vai ter prontuário digital?

E essa deveria mesmo ser a prioridade pra melhorar o SUS?

Credenciamento Universal dos Médicos: Toda força de trabalho da saúde poderá ser utilizada pelo SUS, garantindo acesso e evitando a judicialização. Isso permitirá às pessoas maior poder de escolha,
compartilhando esforços da área pública com o setor privado. Todo médico brasileiro poderá atender a qualquer plano de saúde.

“Todo médico brasileiro poderá atender a qualquer plano de saúde” na verdade quer dizer “todo médico brasileiro vai ter que ceder às compensações risíveis que os planos de saúde pagam aos profissionais, porque senão não conseguem trabalhar”. Poder de escolha coisa nenhuma – médico forçado a trabalhar por migalhas vai atender igual à cara dele, e não tiro a razão dele não.

 

PREVENIR É MELHOR E MAIS BARATO

Mais Médicos: Nossos irmãos cubanos serão libertados. Suas famílias poderão imigrar para o Brasil. Caso sejam aprovados no REVALIDA, passarão a receber integralmente o valor que lhes é
roubado pelos ditadores de Cuba!

Além da Revalida, sugiro apertar mais o Provão e a fiscalização das faculdades, porque o que tem de faculdade de medicina formando médicos péssimos no Brasil não tá no gibi. Temos uma legião de médicos que na verdade são técnicos em medicina incapazes de tratar os pacientes com gentileza, de dar atenção às queixas, de aceitar críticas, de ouvir outras opiniões, de trabalhar em harmonia com a equipe de enfermagem e com outros profissionais de saúde, que eles consideram inferiores. Uma legião de médicos que escrevem tudo errado, cometem erros inacreditáveis, são negligentes e jamais deveriam estar exercendo, mas estão, pois têm um diploma de uma faculdade vagabunda nas mãos. Prepara um Provão bem difícil, enche as faculdades de fiscais, faz avaliações severas e você vai ver quantas faculdades de bosta vão fechar. Vão sobrar bem poucas particulares, digo com tranquilidade.

 

Médicos de Estado: Será criada a carreira de Médico de Estado, para atender as áreas remotas e carentes do Brasil

Já existem programas pra mandar médicos pra regiões remotas do país; tenho colegas que trabalharam em cidades microscópicas em áreas de floresta e tal. Ninguém quer ir, porque ninguém em sã consciência quer morar num lugar remoto, sem infra nenhuma, sem conforto, sem nada pra fazer. Além de médicos, esses lugares remotos precisam de infraestrutura, que não está prevista no programa. Obviamente, o programa não especifica como será essa carreira, quem vai fazer parte dela, de onde virão os fundos pra custeá-la, como serão definidos os locais pra onde serão mandados esses profissionais. Mais uma frase absolutamente vazia, desprovida de significado.

 

Os agentes comunitários de saúde serão treinados para se tornarem técnicos de saúde preventiva para auxiliar o controle de doenças frequentes como diabetes, hipertensão, etc.

Legal, medicina preventiva. Já existem agentes comunitários treinados (também) pra saúde preventiva. São poucos, ganham pouco e contam com pouca infraestrutura. Quais são os planos pra mudar esse quadro? Nenhum, ao que parece, pois o plano não especifica.

 

UM EXEMPLO DE PREVENÇÃO

Saúde bucal e o bem estar da gestante. Estabelecer nos programas neonatais em todo o país a visita ao dentista pelas gestantes. Onde isso foi implementado , houve significativa redução de prematuros.

Saúde bucal é importante pacas, eu sei. Boa saúde bucal reduz o tempo de internação em UTI, por exemplo. Mas e aí? Do que mais precisamos, além de reduzir a incidência de bebês prematuros? Por que essa obsessão com a saúde bucal? Ele deve ter lido algo sobre isso em algum lugar, achou chique e agora enfia isso em tudo o que é debate e conversa.

 

Outro exemplo será a inclusão dos profissionais de educação física no programa de Saúde da Família, com o objetivo de ativar as academias ao ar livre como meio de combater o sedentarismo e a obesidade e suas graves consequências à população como AVC e infarto do miocárdio.

Interessante. Onde serão essas academias ao ar livre? Nas muitíssimas (cof cof) áreas verdes das nossas cidades, visto que somos um país que preza muitíssimo pelos seus parques (cof cof)? Que horas as pessoas irão fazer atividade física?  Antes ou depois de pegar a primeira de três conduções pra ir pro trabalho ou pra voltar pra casa? Quem vai ficar com os filhos dessas pessoas enquanto elas malham? Vai haver educação alimentar pra esses cidadãos? Porque todo mundo tá careca de saber que alimentação, estresse, fumo, consumo de álcool são fatores tão importantes quanto o sedentarismo pra manutenção da saúde. O que será feito pra reduzir o estresse das pessoas? Dica: cortar o décimo-terceiro salário NÃO reduz o estresse.

Mais um bloco do programa que não diz absolutamente nada. Nada, nada, nada. Um grande vazio de ideias habitado por frases feitas desprovidas de significado, que um macaco mais espertinho seria capaz de formar usando aqueles kits de palavras magnéticas pra colar na porta da geladeira.

 

Esse texto é parte de uma série. Não deixe de ver os nossos outros textos sobre o tema:

Introdução
Parte 1: “O Brasil livre”
Parte 2: “Mais Brasil, menos Brasília
Parte 3: Estrutura e gestão
Parte 4: Linhas de ação
Parte 5: Mentiras da esquerda
Parte 6: Defesa nacional
Parte 7:  Saúde
Parte 8: Educação (EM BREVE)
Parte 9: Inovação, ciência e tecnologia (EM BREVE)
Parte 10: Economia (EM BREVE)
Parte 11: Economia 2 (EM BREVE)
Parte 12: Economia 3 (EM BREVE)
Parte 13: Economia 4 (EM BREVE)
Parte 14: Economia 5 (EM BREVE)
Parte 15: Agricultura e Infraestrutura (EM BREVE)
Parte 16: Energia, petróleo e gás (EM BREVE)
Parte 17: Tranportes, portos e aviação (EM BREVE)
Parte 18: O novo Itamaraty (EM BREVE)